Tu, que no apego do amor inocente
Mergulhaste sem pensar,
E acabaste descontente,
Com medo de amar.
Aprendeste a reconhecer
O teu receio de amar,
Resolveste escrever
Para nunca mais delirar.
Fizeste da poesia a tua mais afinada confissão,
Da escrita a tua mais astuta libertação,
Oh, doce e árdua missão!
O amor transformou-se em contemplação.