18 de fevereiro de 2020

Contemplação

Tu, que no apego do amor inocente 
Mergulhaste sem pensar, 
E acabaste descontente, 
Com medo de amar. 

Aprendeste a reconhecer 
O teu receio de amar, 
Resolveste escrever 
Para nunca mais delirar. 

Fizeste da poesia a tua mais afinada confissão, 
Da escrita a tua mais astuta libertação, 
Oh, doce e árdua missão! 
O amor transformou-se em contemplação.
© A Vida Segundo A.G.
Tema base por Maira Gall.
Modificado por Aline Goulart.