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o coração solitário, inalterado
nos últimos tempos, sobrevive
de si mesmo
sente descomedidamente
sem precisão, sem alento
: tudo é motivo de considerar
a fragilidade, inerente do momento,
não afasta essa análise profunda
que a própria alma emana
há uma sede de transbordar
uma alforria fidedigna
para cada pulsar
libertando-me, assim,
do peso do caos que remanesce,
aqui dentro, em plena pujança.
