Eu tenho
uma memória
de amor;
lá eu me revigoro.
(Publicado em 11 de outubro de 2024)
Há dias que pesam.
Há dias em que não conseguimos acompanhar o sol que brilha lá fora.
Quando escrevi esse pequeno poema, tinha vivido um desses dias. Nada parecia dar certo. O cansaço gritava tão alto. Minha vontade de sorrir era quase nula. Fazia tudo na base de uma força que nem sei bem como nomear.
Até que vi o livro, não um livro qualquer, mas um presente cheio de significados, que guarda as sensações boas e o amor que vivi com alguém que foi e sempre será muito especial na minha vida.
No dia em que recebi esse mimo, lembro da sensação de alegria e gratidão que me preencheu. Lembro de ler a dedicatória e sentir uma emoção forte. Ali havia muito amor e consideração, e o livro continua carregando esse sentimento, funcionando como um lembrete constante desse amor.
Eis uma memória de amor que, no exato momento em que recordei, fez surgir o sorriso que teimava em não aparecer naquele dia difícil.
Não só me fez sorrir, mas também me revigorou… Senti como se recebesse um colo repleto de paz. E, sobretudo, naquele exato instante, não doía tanto enfrentar aquele turbilhão de sentimentos difíceis de traduzir.
Mas o que é uma memória de amor?
É quando registramos um momento marcado por amor que, mesmo sendo breve, tem efeitos que não são apenas instantâneos, mas duradouros. Assim, torna-se um alicerce secreto que nos abraça, que nos acolhe e que nos faz bem. Como um bálsamo que nos traz a certeza de que a vida vale a pena, apesar dos possíveis desafios, das dores inevitáveis e das lutas quase sempre presentes.
Em tempos de dias nublados por dentro, a lembrança de um gesto de amor sincero pode ser um farol. Quando tudo parece ruir, é nela que reencontramos o lado bom da vida. Isso é tão precioso.
Talvez o amor seja isso: a parte da vida que não desaparece, mesmo quando tudo parece ruir. A luz que persiste onde a sombra insiste existir.
Hoje, quando os dias pesam e o vazio ecoa, volto para esta e todas as outras memórias de amor que, felizmente, se edificaram na minha alma. Não como fuga, mas como um retorno ao que ainda me motiva...
Que ainda me cura...
Que ainda me revigora.
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